Neste quinto volume de A
Saga das Pedras Mágicas, as sombras da morte e da guerra alastraram
sobre o Norte do Mundo e Thora, a loba prateada, desespera ao saber do
destino das suas irmãs. Freya encontra-se prisioneira de Aesa, a rainha
feiticeira do povo vândalo, enquanto Edwina, a Guardiã da Lágrima do
Sol, foi mortalmente ferida. Será que desta vez nem Edwin, o Guardião da
Lágrima da Lua, conseguirá resgatar a sua amada? Do Império, a sul,
chegam rumores de que aquele que traz consigo o propósito de lançar
sobre a Terra a escuridão eterna já encarnou o Homem. Que esperança
restará aos defensores do Bem, quando até as pedras mágicas da
feiticeira Aranwen estão agora nas mãos do inimigo? Estará a profecia
dos Três Reinos condenada a perder-se nesta luta caótica sem jamais se
concretizar?
http://sandracarvalho.cjb.net
Com este quinto volume, chegamos ao fim da segunda geração desta saga. Depois de tantas horas dedicadas ao destino das pedras mágicas da feiticeira Aranwen, já começamos a sentir aquela conexão natural com os livros, aquela familiaridade que ganhamos quando embrenhamos numa série.
Continuando o acelerante O Círculo do Medo, Os Três Reinos serve de conclusão à história da geração de Edwina. E pouco mais há para dizer deste livro. O ritmo da história é bastante acelerado, e o início do livro é particularmente emocionante (com o regresso de algumas das personagens mais icónicas). Porém, a história não assume traços tão conflituosos quanto no livro anterior. Em vez disso, assistimos à concretização das profecias e à conclusão (previsível) da história desta geração. Poucos são os obstáculos encontrados pelas personagens neste livro, todos os problemas são resolvidos e mais uma geração ganha alguns anos de paz, até ao dia em que os seus filhos tenham de enfrentar novas ameaças (e a última profecia de todas, a do Filho do Dragão).
Apesar da resolução de todos os problemas parecer relativamente rápida e sobretudo previsível, continuamos a ser presentados com aquilo que, para mim, é o verdadeiro motivo que nos dá fôlego para continuar a ler: a escrita de Sandra Carvalho. É impressionanteo quão cativantes conseguem ser as suas palavras! Cativantes o suficiente para não nos aborrecerem, o suficiente para nos fazer esquecer dos momentos menos convincentes da história (e não são poucos, tanta é a Magia envolvida e as coincidências demasiado oportunas que estão sempre lá para ajudar as personagens, mesmo nos momentos impossíveis de serem remediados).
Gostei em particular do novo vilão (um feiticeiro disfarçado de cristão) e de toda a história ligada a ele (situada no Império, a parte cristã e mais "ocidental" deste mundo). Aliás, esses elementos, que eu diria imprevisíveis, foram acrescentados ao enredo e creio que trarão excitantes desenvolvimentos nos próximos livros!
Mais uma vez, uma leitura que entretém bastante e que nos deixa sempre a querer ler um pouco mais.
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