domingo, 1 de agosto de 2010

Safari de Sangue, de Deon Meyer

Lemmer é um guarda-costas profissional. Silencioso, invisível, não se envolve. É um ex-condenado que vive retirado, tentando reconstruir a sua vida. Emma le Roux, uma jovem consultora de marca da Cidade do Cabo, acredita ter visto uma imagem do irmão no noticiário, por ocasião de um tiroteio em que morrem quatro caçadores furtivos, no Parque Nacional Kruger.Mas Jacobus fora dado como morto há mais de vinte anos. Emma faz uma tentativa de esclarecer aquele estranho incidente com o polícia que está a investigar o caso, mas acaba por aceitar que se enganou sobre a identidade do suspeito daquelas mortes. Contudo, dois dias mais tarde é atacada em sua casa e quer respostas que vai tentar encontrar por si própria. Mas precisa que alguém garanta a sua segurança e contrata Lemmer. Aquele caso vem a revelar-se extremamente perigoso e com implicações políticas internacionais. Agora ambos podem acabar mortos, mas Lemmer cansou-se da sua invisibilidade e, contra os seus princípios, envolveu-se demasiado... Um thriller empolgante do mais consagrado autor do género, na África do Sul.


"Safari de Sangue é um livro aliciante e um esclarecedor retrato de uma nação com problemas talvez ainda mais complexos e prementes do que os nossos."
The Washington Post


"Vibrante e avassalador."
The Sunday Times

Comecei esta leitura com alguma curiosidade.
Não sou fã de policiais, portanto à partida não estava à espera de ser cativado por estas páginas. De facto, foi o que aconteceu. Não me cativou o suficiente.

"Safari de Sangue" é um thriller policial que envolve não só as relações entre as várias personagens mas também a história de um país, a África do Sul, de todos os seus problemas, da sua política, e é dentro desse tema que cerra sempre o grande mistério.
É, portanto, um livro bastante curioso visto desse ponto, já que a diferença marca a mentalidade de quem lá habita e a sua história politico-social é bastante avassaladora. O livro mostra o que precisa, e bem, sobre esse assunto.
Para além disso, sem dúvida aos poucos e poucos (mesmo aos poucos) vamo-nos aproximando das personagens e dos seus sentimentos, o que me pareceu ser o ponto mais alto do livro e da escrita do autor. Sem mudar a integridade de cada protagonista como bem lhe convém, Deon Meyer vai aproximando-as do leitor, à medida que a leitura avança e elas próprias mudam a sua maneira de ver as coisas. Interessante sem dúvida.

Com isto, é uma boa leitura, que nos vai agarrando. Agarra sim! Porém, e aqui entra o facto de não ser fã de policiais, acredito que para fãs do género será um excelente thriller, mas para quem não o é não é este livro que o fará ser. Lembro-me de "Black Out - A Cortina da Memória", de Lisa Unger, cuja crítica aqui encontrarão; esse foi um livro que me puxou definitivamente e que me fez querer aprofundar um pouco mais o género. Esses livros, embora não nos tornem directamente fãs, fazem-nos mudar seriamente de ideias.
"Safari de Sangue", contudo, por muito bom (e acredito que seja, portanto força na sua leitura!) para quem gosta de ler este tipo de livros, não é o romance que vai agarrar quem não aprecie policiais assim tanto. É uma boa leitura no fundo, uma óptima leitura de Verão!!!
Mas... Não mais. A mim, que não sou fã de policiais, não me marcou, e não creio que a pessoas na mesma situação seja diferente. Aproveitem ainda assim o Verão para o ler, será a época ideal.

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