quarta-feira, 7 de março de 2012

Tristão e Isolda, de Joseph Bédier

A missão do cavaleiro Tristão é muito simples: tem de viajar até à Bretanha e levar consigo Isolda a Loira, uma bela princesa que deverá casar com o Rei Marco da Cornualha. Mas um desafortunado incidente faz com que Tristão e Isolda bebam uma poção do amor e fiquem irremediavelmente apaixonados. Juntos, deverão enfrentar a ira do Rei Marco, fugirão pelas terras da Cornualha e demonstrarão a todo o mundo a força do seu amor.


Joseph Bédier, um dos romancistas mais importantes do século XX, popularizou a história de amor entre Tristão e Isolda ao escrever esta novela, que reunia todos os detalhes da lenda numa só obra.

Bem, não podia esperar por continuar a minha aventura medieval pois não? Decidi, antes de avançar para "A Morte de Artur", pegar neste pequeno livro, que fala de uma lenda que é referida brevemente em "O Rei Que Foi e Um Dia Será", já que Tristão deverá pertencer à Távola Redonda.


O livro apresenta a lenda completa, sem resumos. O estilo de escrita é tipicamente do século passado, com um narrador sempre do lado dos apaixonados, como um singelo trovador. É mais uma tragédia, que na verdade se assemelha muito à própria história de Artur, Lancelot e Guinevere. Por isso mesmo, acho que vou ler mais um ou dois livros antes de avançar para a obra de Malory (tenho medo de me aborrecer, já que vai ser mais uma repetição da história).

A lenda repete-se. É como um ciclo: Tristão e Isolda apaixonados, alguém tenta desmascará-los perante o rei Marco, eles safam-se. A cena repete-se ao longo do tempo. O rei Marco acaba por ser a personagem mais interessante, dividida entre o amor que nutre por ambos e o direito que tem sobre a mulher.

Uma novela medieval. Não é difícil de acompanhar, mas não me empolgou por aí além. A lenda tem as suas cenas fascinantes, únicas, e chegamos ao fim relembrando amores como Romeu e Julieta. Foi sobretudo um livro para finalmente ficar a conhecer esta lenda tão famosa. Pouco mais.

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