quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Dead as a Doornail, de Charlaine Harris

Depois do incrível quarto livro, segui imediatamente para o próximo, conhecido em Portugal por "Sangue Furtivo". Se o último deixou-me a querer devorar a série, este acalmou um pouco essa fome...

Os acontecimentos de "Dead to the World" foram tantos e tão importantes que, se por um lado promete muito que falar nos próximos livros, marca o fim de um ciclo desta série. Muita coisa mudou na situação de cada um. Portanto, fui para este livro ansioso por uma continuação de "Dead to the World", mas como já devia ter previsto encontrei sim um novo livro, uma nova história e apenas uma linha de história secundária que remete aos acontecimentos anteriores.

Como Harris já andava a prometer, desta vez o mundo vampírico perde bastante o destaque e entramos em contacto com a sociedade dos lobisomens. Se nos livros anteriores sempre me vi interessado, não gostei de ver o mundo desses seres sobrenaturais estar em primeiro plano. Os vampiros são negros e misteriosos o suficiente para não perderem o protagonismo. Ainda assim, continuo a louvar a mestria com que a autora desenvolve estas comunidades no nosso mundo, tornando-as tão reais.

É um livro muito bom para quem já é fã da série, mas para mim não é tão bom quanto os anteriores. Comparado com os maravilhosos enredos dos livros anteriores, este é um decréscimo visível. Algumas linhas da história já começam a parecer ir buscar uma fórmula que estamos cansados de ver. Não gostei da resolução dos mistérios (parece que são sempre as mesmas pessoas e desta vez pareceu mais rebuscado do que devia). Pela primeira vez, senti-me algo exasperado pela atitude da Sookie, a protagonista. Estar descomprometida tem os seus inconvenientes. No seu caso, torna-a algo mais... Instável. Não é um livro que avance muito na história, ainda que nos apresente mais terreno no mundo sobrenatural. Em conclusão, é um rescaldo dos livros anteriores, especialmente do imediatamente antes. Continua a vontade de prosseguir, mas já percebi que enquanto a autora não voltar a pegar nos mesmos elementos de "Dead to the World", não vou sentir a mesma coisa.

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