quinta-feira, 27 de maio de 2010

Long live Robin Hood!

Há... Cerca de dois anos, li um livro que acabou por se tornar um dos meus preferidos: Ivanhoe. Lendas e cavaleiros, damas e torneios, tudo se reúne neste romance medieval. Aliás, tenho imensa pena de que as obras de Sir Walter Scott não estejam traduzidas (apenas uns 3 ou 4 livros!!!). Este é um mestre no que toca a escrever Romances Históricos.

Nesse livro, encontrei várias personagens lendárias, entre elas Ricardo Coração de Leão e Robin Hood.
Robin Hood é um dos maiores heróis britânicos, e uma lenda. Ninguém sabe a sua verdadeira identidade, se sequer existiu. Bem, que existiu temos uma pequena noção. Em registos de tribunais desde 1300, há a referência a esse nome. Há até uma campa com um nome quase idêntico ao seu... Especulações? A verdade é que não se sabe quem foi ou o que foi Robin Hood. Pode muito bem ter sido um gangue medieval.

Fui ver Robin Hood este fim-de-semana, e saí bem impressionado da sala de cinema.

A apresentação faz lembrar o rasca, secante e desapontante Rei Artur. Eu não gostei mesmo nada desse filme, e o aspecto deste Robin Hood não parecia afastar-se muito... Mas a verdade é que o realizador de Gladiador, embora não nos tenha trazido de novo uma experiência épica de grandes proporções, reconta uma das maiores lendas inglesas num tom realista, sem estragar o mito que Robin dos Bosques foi e conservando plenamente o seu espírito.
Todas excelentes interpretações. Desde à mãe do rei João (rei que tem um percurso muito, muito interessante neste filme) até ao Frei Tuck, passando pelos compinchas de Robin e ele próprio, senti-me bastante acolhido.

O filme conta o princípio da lenda. Quem era a personagem, como se tornou um fora-de-lei. Aliás, fora alguns pormenores em princípio essenciais à história da lenda, é no fim que temos um segundo e ainda maior turn-point e clímax. Pessoalmente, o fim foi a melhor parte do filme, pois marca o princípio do verdadeiro Robin Hood. Felizmente, o realizador não se aventurou muito na história, mantendo o essencial lá.

O pior no filme foi apenas uma personagem: a Marion, amada de Robin. Interpretada por Cate Blanchett, foi alvo de clichés e de uma caracterização nova à personagem romanesca, mas já vulgar no mundo do cinema.

Vale a pena. Merece um aplauso. Não é só um filme de guerra (graças a Deus!!!), mas deliramos ao sentir as setas cortarem o ar, caindo por cima dos guerreiros (seria uma boa cena para 3D); somos puxados pelas personagens, cada uma plena. Dinheiro muito bem gasto.

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