sábado, 22 de setembro de 2012

A Dança dos Dragões, de George R. R. Martin

 "A mais importante obra de fantasia desde que Bilbo encontrou o Anel."

-SF Reviews.net

O Norte jaz devastado e num completo vazio de poder. A Patrulha da Noite, abalada pelas perdas sofridas para lá da Muralha e com uma grande falta de homens, está nas mãos de Jon Snow, que tenta afirmar-se no comando tomando decisões difíceis respeitantes ao autoritário Rei Stannis, aos selvagens e aos próprios homens que comanda. 
Para lá da Muralha, a viagem de Bran prossegue. Mas outras viagens convergem para a Baía dos Escravos, onde as cidades dos esclavagistas sangram e Daenerys Targaryen descobre que é bastante mais fácil conquistar uma cidade do que substituir de um dia para o outro todo um sistema político e económico. Conseguirá ela enfrentar as intrigas e ódios que se avolumam enquanto os seus dragões crescem para se tornarem nas criaturas temíveis que um dia conquistarão os Sete Reinos?

 Eis o regresso muito aguardado das Crónicas de Gelo e Fogo, a melhor série de fantasia da atualidade!

"Agarra-nos e nunca mais larga. Brilhante!
-Robert Jordan
 


Rever as nossas personagens preferidas dois livros depois é de uma extrema satisfação. Melhor ainda, estas personagens estão num cenário completamente diferente, os seus destinos mudaram radicalmente desde A Glória dos Traidores.

Não se pode dizer que ao longo deste extenso livro a história avance, mas a verdade é que estamos a falar da primeira metade do livro original (A Dance With Dragons), portanto estou à espera de grandes revelações no próximo livro.

Parece-me que Martin está a voltar à fórmula que perdeu em O Mar de Ferro: maior variedade de personagens, mais pontos de vista. Gosto disso. Quando a história não avança muito, é preciso isto. A Dança dos Dragões não é mais do que voltar a apresentar as antigas personagens, relembrar-nos do que lhes aconteceu e dar-nos a conhecer onde elas foram parar. As surpresas continuam a vir, e a sensação de que se aproxima um desenlace é cada vez maior. Tudo nos leva a entender que neste livro tudo se encaminha por um caminho: encontrar Daenerys e com ela regressar a Westeros. Finalmente, a história parece ter sido de novo alinhada para aquele que é um dos maiores enredos dentro da saga.

Sempre uma leitura entusiasmante, sempre das melhores personagens já criadas, sempre muitos segredos e conspirações que vão sendo revelados aos poucos, Martin continua a sua eterna saga. Mas cada vez mais se nota um arrastar da história. Já tinha discutido isto com outros leitores, mas até agora nunca me tinha incomodado. Neste livro, nota-se demasiado o quanto o autor tenta esticar a história, capítulos e capítulos a andar à volta da mesma coisa, sem nunca avançar de posição. Já não se trata de desenvolver a história pormenor a pormenor, trata-se de acrescentar pormenores que não existem. Parece-me provável que a série acabe por ter mais livros do que o número original (sete, em Portugal catorze) ao passo que Martin escreve.


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