sexta-feira, 1 de maio de 2009

Bons Sonhos, Meu Amor, de Dorothy Koomson


SÓ OS CORAJOSOS SE ATREVEM A AMAR

Nova Kumalisi faria qualquer coisa pelo seu melhor amigo.
Ela deve-lhe a vida.
Mas o verdadeiro teste à amizade de ambos surge quando ele lhe pede que dê à luz o filho dele.
Apesar de saber que corre o risco de destruir a amizade, Nova aceita.
Oito anos mais tarde, Nova está a criar o filho de Mal sozinha, porque Steph, a mulher dele, mudou de ideias, escassos meses antes de a criança nascer, arruinando a relação entre os dois amigos.
Agora, Leo, o filho de ambos, está gravemente doente. E Nova quer que Mal o conheça antes que seja tarde demais.
Na tragédia descobrirão, finalmente, o quanto significam um para o outro.

Sobre A Filha da Minha Melhor Amiga

"A Filha da Minha Melhor Amiga é uma curiosa revelação, que exige muita reflexão, até que todas as peças do enredo se encaixem."
The Times (NZ)

"Não consegui parar de rir e chorar, desde a primeira página. Dorothy Koomson aborda questões da maturidade: a amizade, a morte, a traição e o perdão - uma leitura comovente." Adele Parks

Este foi o primeiro livro que li da autora.
Desde que saiu A Filha da Minha Melhor Amiga que queria ler algo desta autora... Boa notícia: vale a pena.

É um romance sobre a amizade, a maternidade, a traição, o amor. Temas já bases. Mas tudo isto resulta num produto bastante emotivo, que nos deixa a suspirar pelas personagens. Por isso mesmo, gostei muito de lê-lo.

A sinopse engana um pouco... Sinceramente, acho que este livro tem muito mais qualidade do que a sinopse mostra! A acção não se estabelece num único fio condutor, vai-se encadeando: de capítulo para capítulo pode mudar o espaço, a personagem que nos desabafa ou a época. Pode parecer confuso, mas não é, é até bastante interessante, e dá à obra um outro brilho, mais literário.

Acho que todos nós sabemos o que é uma grande amizade. Até onde estaríamos dispostos a ir por esses grandes amigos? Qual é o valor da amizade quando o(a) nosso(a) melhor amigo(a) nos pede algo que ultrapassa o sentimento, mas toca no que nós somos? Arriscaríamos a vida por amor?
Este livro fala sobre isso. Uma forte amizade que é posta à prova quando Mal pede à sua melhor amiga, Nova, que seja "barriga de aluguer" do seu filho e da sua mulher, Steph. Mas, entretanto, o significado do passado das três personagens e o seu presente vão de tal modo ser catastróficos que, oito anos mais tarde, Nova está a criar Leo, o seu filho. Leo está gravemente doente, e Nova não fala com Mal há oito anos. Conseguirão vencer um passado para abarcar o presente e o futuro de braços abertos?

Há aqueles livros bastante emotivos, mas cuja emoção vem em picos: lemos uma página, na seguinte há uma torrente de emoção que nos deita abaixo, as coisas acalmam e algumas páginas à frente voltamos a sentir essa torrente!
Neste livro, não é bem assim. É mais uma linha recta: ao longo de todas as páginas, o nível de emoção mantém-se linear, constante, sem picos mas sim sempre à mesma altura. Como se uma nuvem de emoção cercasse todo o livro. Não nos sentimos emocionados de vez em quando, mas sim constantemente ao longo das páginas. Só tenho pena que este livro seja, muitas vezes, bastante triste e deprimente. Aliás, pessoalmente, este livro perde MUITO por ser tão triste. Esperava que fosse algo mais inspirador, mais alegre. Mas também há, com certeza, momentos desses, embora um pouco mais pontuais.

Uma boa leitura, emotiva, romântica, e mais um caso da vida. É isso mesmo, um caso da vida, mas posto nas mãos de quem me parece ser uma excelente escritora, tornando assim esta bonita história num livro que emocionará o ser provido de sentimentos. Pronto, demasiado triste e deprimente, mas ainda assim emotiva.

10 comentários:

flicka disse...

Li "A Filha da minha melhor amiga" e gostei muito. Foi o único que li da autora. Ainda não li o segundo, nem vou lê-lo porque a maioria de leitoras dizera que não era tão bom quanto o primeiro. Agora com a tua opinião sobre o terceiro, fiquei muito interessada. Vou então comprá-lo na feira do livro! ;o)

marcia disse...

Li os dois livros desta autora publicados anteriormente pela Porto Editora. Confesso que não foram das minhas leituras favoritas. O tema deste livro parece interessante e deixou-me curiosa...

Ana Isabel Pedroso disse...

Parece que andamos a ler os mesmos livros...hihihi...comecei a ler este livro ontem.

Bom fim de semana!!!

E Boas Leituras!!!

Otário Tevez disse...

eu vi o filme do rapaz do pijama às riscas q fiuei pesado no fim.

Não esperava tal desfecho!
Bem, passei por cá para te perguntar, Pedro, se sabes qual a data de lançamento do filme em dvd.
Tu que andas por essas andanças...

Já o 'quem quer ser milionário', vi também o filme e adorei. Hei-de repetir a experiência quando tiver disponibilidade.

Bom feriado!

Pedro disse...

Flicka,
talvez porque este foi o primeiro livro que li, gostei muito... Porque a autora é capaz de nos emocionar página atrás de página! No entanto, espero que "A Filha da Minha Melhor Amiga" seja bastante mais alegre, já que este é um livro triste...

Marcia,
estou bastante ansioso em ler "A Filha da Minha Melhor Amiga" ;)

Ana,
=D
Espero que gostes! Tenho-te a dizer que é um livro triste e deprimente, coisa que não esperava neste livro... Mas fui capaz de lhe dar as 4 estrelas porque sinto que é um livro que me emocionou página atrás de página. Faltou apenas a alegria e esperança que, sinceramente, senti falta!

Otário,
Ontem vi "Quem quer ser bilionário" e adorei!
Quanto ao rapaz do pijama às riscas, não vi mas estou ansioso! Não sei quando sairá o DVD, mas diria que para Junho/Julho já está cá ;D

Abraços

Ana Carolina disse...

De certo, aprendeste algo com a leitura desse livro. E eu gostei da tua opinião. :) Espero outras ;)

Pedro disse...

Ana Carolina,
este é um livro que nos faz pensar bastante até onde iríamos por amor... E no valor das amizades que criamos ;)

AnaJ disse...

Já o li em inglês, mas certamente vou comprá-lo em português e voltar a ler. A Dorothy Koomson é a minha escritora favorita - já li todos os seus livros (os que não estão traduzidos, li-os em inglês) e nunca me desiludi. Acabo sempre por colocar os livros da Dorothy como favoritos porque é algo tão viciante e envolvente durante a leitura... não consigo parar enquanto não terminar.
Para mim, a melhor novelista.

Célia disse...

Concordo quando dizes que o livro perde muito por ser tão triste. É certo que a vida real nem sempre é um mar de rosas, mas mesmo nas histórias mais tristes gostamos sempre de ver um raio de luz, de esperança. Tive pena de não o ter detectado neste livro...

Pedro disse...

AnaJ,
quero ver se leio "A Filha da Minha Melhor Amiga", mas só mesmo quando o comprar ;) Não digo que seja a melhor novelista porque não conheço a obra completa como tu, mas estou impressionado por te sentires tão apaixonada! Fiquei com ainda mais vontade.

Canochinha,
enfim, toca, e isso é o que realmente me importa. Mas, por outro lado, esta não será uma obra-prima de todo -_-

Um grande abraço

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