quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A Cabana, de Wm. Paul Young

A HISTÓRIA DE UMA CONVERSA COM DEUS QUE MUDARÁ A SUA VIDA PARA SEMPRE "A Cabana" é um livro especial que está a mudar a vida de muitas pessoas em todo o mundo e que será lançado em Portugal em Outubro de 2009.

Mack é um pai que adora a sua família. E que um dia perdeu a filha. Desde então que a sua vida se resume a uma Grande Tristeza, a um peso tremendo nos ombros.
Certo dia, Deus convida-o a voltar à cabana onde tudo aconteceu, onde a sua filha teve de sofrer. Embora seja demasiado forte voltar ao local onde tudo se passou, a curiosidade é demasiada. Portanto, decide ir o fim-de-semana até à cabana, onde vai encontrar Deus e onde iniciará um percurso inteiro.

Não sou uma pessoa religiosa. Mas sou filosófico. Gosto deste tipo de reflexões.

Por um lado, isto era o que esperava: uma conversa com Deus. Por outro lado, essa conversa não teve nem o desenvolvimento que esperava ou que me puxasse mais a atenção.

Está bem que este não é um livro religioso. Mas não é o que estamos à espera de um livro filosófico! Pessoalmente, este "livro de fé" aproxima-se mais da religião.
No entanto, não comecem a pensar duas vezes.

Vale a pena descobrir o livro.

Não me marcou. A sério que não me marcou. Acho que este é mais um livro que nos leva a abranger as nossas crenças! Que nos leva a testar até quanto acreditamos e quanto a nossa fé se expande!
Não é um livro que nos faça acreditar em Deus, mas é um livro que nos faz olhar para o que acreditamos.
Neste Deus, nesta visão do que Deus é para nós, do que o Mundo e a Humanidade representa, não vemos uma religião espelhada, mas sim o caminho individual de cada leitor no que é capaz de acreditar!
Porque, quer dizer, se Deus existe, porque há tanta dor no mundo? O livro tenta responder a esta questão-base. Na qualidade de agnóstico, não digo que seja uma resposta definitiva, mas na qualidade de leitor, acho que é para nos contentarmos.

Com estas poucas palavras, acho que exprimi o que o livro quer de nós! Não somos nós que vamos pedir ao livro, mas é o livro que nos vai fazer chegar a algum lado!
Interessante de descobrir. E, já agora, convém comprarem-no, porque este é daqueles livros a reler imensas vezes.

11 comentários:

Sofia disse...

Ainda hoje li sobre o livro e torci o nariz. Pessoalmente não acredito em deus e achei logo que fosse daqueles que 'impingem' toda aquela conversa religiosa.
Mas sendo assim, depois do que disseste, vou reconsiderar.

Pedro disse...

Digo-te desde já: este livro não te vai marcar. Nem pensando duas vezes. Se tens esse pensamento, digo-te que esta será mais uma daquelas leituras "interessantes", que nos deixam a pensar seriamente no quanto acreditamos. Acho que poderás pegar nele, pois sentirás que tens de analisar as tuas próprias crenças!

Viajante disse...

Também eu sou agnóstica, portanto quando li a sinopse deste livro não foi de todo o carácter religioso que me atraiu, mas tal como a ti, o carácter filosófico!..

Tenho bastante curiosidade em relação ao livro e certamente o irei comprar e ler!!..

Acho que também criei algumas expectativas, mas com a tua opinião vou mais elucidada para o livro!

Boas leituras!,
Estrela*

Nómada disse...

Eu não gosto nada de livros religiosos. E quando digo nada, é mesmo nada. Mas tenho que confeçar que este me intrigou bastante. E quando li a tua opinião, ainda mais intrigada fiquei. Por isso acho que o vou experimentar. E espero não me arrepender. Mas penso que não o farei.

Pedro disse...

Estrela da Noite,
qualquer que seja a tua opinião... Vai de cabeça limpa ;)

Nómada,
eu também não sou fã, mas este lê-se bem. É demasiado religioso para o que esperava, mas lesse bem se abrangermos as nossas expectativas =)

Um grande abraço

Ana Ramalho Rosa disse...

Não me considero religiosa.

Talvez por isso o livro tenha feito todo o sentido... na minha caminhada pessoal com Deus foi mais um episódio, uma reflexão, um estímulo.

De facto acredito em Deus porque o experimento pessoalmente... Para mim "A cabana" vem abrir esse capítulo que a religião fechou e dogmatizou: um Deus que Se relaciona com o ser humano, pessoalmente.

Sei que é um conceito pouco "cientifico" mas não posso abdicar da minha experiência pessoal.

Para quem tem o espírito aberto e não teme o que é diferente do seu paradigma, do seu modo de pensar, recomendo a leitura e a reflexão.

Carlos disse...

Por acaso eu gostei bastante do livro.
O que me marcou mais no livro é a consciência da pequenez humana, e a constatação que a nossa capacidade de julgar (julgar os outros e julgar o próprio Deus), é muito incipiente, simplesmente pelo facto de a nossa perspectiva não ser global, mas muitissimo limitada àquilo que conhecemos.


por isso, aquilo que julgamos ser o mal, nas catástrofes, na doença, na morte, é apenas a avaliação da nossa pequenez.

è como uma criança que chora porque tem de comer a sopa, ou ir para a cama, ou por ter de fazer os trabalhos da escola. da sua perspectiva limitada, parece serem factos negativos e injustos. Na perspectiva dos pais, são regras importantes para a sua formação como adulto.

são apenas exemplos do que me agradou no livro

Pedro disse...

Ana Ramalho,
respeito a experiência pessoal com Deus... Posso confessar que eu próprio já tive uma experiência pessoal. E daí surgiu a filosofia que sigo a e "religião" que é minha. Mas essa experiência não foi com este Deus, o que "A Cabana" nos apresenta.
Por isso mesmo, embora não me tenha dado a mão, fez-me pôr à prova as minhas crenças. Tornei-me mais crente de Deus? Não. Acreditei na a existência de algo como o Deus que é apresentado? Talvez. As respostas fizeram-me pensar duas vezes? Sim.
Mas, tal como tu dizes, não se pode abdicar de uma experiência pessoal.

Carlos,
eu compreendo, e foi nessa perspectiva que consegui ler o livro! Achei extremamente interessante a cena da gruta, com Sophia. Acho que foi esse julgamento que mais me marcou no livro. Tornou-se tão fácil pensar nos propósitos de Deus.
E também concordo que somos muito, mesmo muito limitados, mas isso é uma conclusão que não vem do livro.
Gostei do que disseste, "são regras importantes para a sua formação como adulto". ;) Uma excelente conclusão!

Um grande abraço

djamb disse...

Estive ausente da blogosfera durante um tempo e, agora que regresso, vejo este livro em todo o lado. Estou mto curiosa :)

Unknown disse...

Estou a ler o Livro. Não sou religiosa, na verdade católica - não praticante - agnóstica.
Há livros filosóficos/ religiosos maravilhosos e que nos acompanham toda a vida. Sidharta, Assim falou zaratustra, o fio da navalha, o templo dourado... Dão-nos respostas e fazem-nos pôr questões. A meio da cabana, não encontrei nada disso. Para já,estou a achar de uma ingenuidade e infantilidade assustadoras, nomeadamente considerando o exito que está a ter.
Pode ser que mude de ideia, mas não me parece. Até agora, uma desilução!
Desculpem o desabafo, tão pouco politicamente correcto.

Pedro disse...

Djamb,
só está por todo o lado porque a Porto Editora fez questão de lançar uma grande campanha ;) Aconselho a dares uma vista de olhos, embora sem te obrigar =P

Claudia,
não, não vais mudar de ideias. Aliás, eu concordo totalmente contigo. Esperava encontrar algo mais filosófico, como todos os grandes livros que referes!
Infelizmente, este livro não é nada assim.
É um livro religioso, que apenas nos faz testar um pouco no quanto acreditamos na religião. É curioso e interessante por isso, mas não é muito mais.
E este não é um desabafo pouco politicamente correcto xD pelo menos a meu ver ;)

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