terça-feira, 18 de agosto de 2009

Até que o Rio nos Separe, de Charles Martin


Doss Michaels nasceu e cresceu num parque de caravanas junto ao rio St. Mary e tenta sobreviver como pintor. Abigail Coleman é a única e lindíssima filha do mais poderoso senador da Carolina do Sul. Um único encontro foi suficiente para perceberem que ficariam juntos para sempre. Após dez anos de casamento, Abbie debate-se com uma doença terminal. Sempre a seu lado, Doss trava com ela uma terrível batalha pela vida. Quando Abbie elabora uma lista de dez coisas que gostava de fazer antes de morrer, Doss tudo faz para a ajudar a concretizar os seus desejos. E, antes que seja tarde de mais, partem juntos para a viagem das suas vidas.

Esta é uma forte história de amor. Emocionante, que nos deixa a sorrir muitas das vezes, e que também nos vai deixar pena.

Mas, pessoalmente, não achei o livro nada pequeno e achei, umas poucas vezes, algo difícil de ler. Talvez por aborrecimento.

A história não podia ser mais emotiva. Os capítulos vão-se alternando entre o passado e o presente; a história de um amor improvável e que foi surgindo vitorioso ao longo do tempo e a história da homenagem a esse amor, quando Abbie se encontra à beira da morte e Doss arrisca a sua própria vida para realizar dez desejos à esposa.

Foi preciso sentir para escrever esta história. E nem o leitor é capaz de ficar imune a esse sentimento, ao amor. Desde o princípio que gostei imenso da história de ambos, como se conheceram, como as suas vidas foram ficando cada vez mais unidas. Assim como somos fascinados pela realização dos dez desejos, sendo um deles percorrer um rio praticamente da nascente à foz, uma proeza.

No entanto, tenho a dizer que nem sempre este livro conseguiu prender a minha imaginação. Não quero com isto dizer que não tenha gostado imenso desta história de amor, quero com isto dizer que há certas passagens que simplesmente dispensava. Talvez algumas divagações do autor que, na minha humilde opinião, nada acrescentam à história ou a prender o leitor. Apenas estão ali para dar mais espaço de escrita, mais letras que poderiam comprovar um escritor de excelentes dotes, mas que pessoalmente me faziam pôr o livro de lado.

De referir, pois, que para criar este amor tão emotivo, e uma viagem tão inspiradora, assim como um livro de jeito, o autor tem realmente uma escrita própria para a ocasião. Sabe escrever um romance, é o que se pede de um romance. Recomendo com certeza aos mais apaixonados, aos que realmente gostam de ler estas histórias de amor.

8 comentários:

Carla Martins disse...

Ai, sinceramente não sei se não seria meio cansativo para mim.

beijos!

Tanea disse...

Hummm...sinceramente histórias de amores trágicos não me inspiram muito!

Acho que ia a dar por mim a saltar as páginas mais enfadonhas :S

Otário Tevez disse...

ando a ler o 'sinto muito', do irmão do lobo antunes. boas fériaS!

Pedro disse...

Carla Martins,
para mim foi apenas a espaços... O final é sempre mais emotivo!

Tanea,
nesse caso, este livro não é para ti -_-

Otário,
espero ler em breve alguma coisa do próprio lobo antunes! ;)

Um grande abraço

Ana Sousa disse...

Já li, e tenho de concordar. É de facto emotivo e com uma grande história de amor mas por vezes torna-se aborrecisíssimo. O autor poderia, na minha opinião ter poupado algumas descrições desnecessárias. Em suma, gostei mas não é um livro épico.

Pedro disse...

Anáá, exacto ;) Já lá vai algum tempo desde que o li, mas não tenciono relê-lo.

Anónimo disse...

Este livro é perfeito! Não podem dizer que cativa ou não a vossa leitura se não o leram!
É um livro que tem tudo bem pensado e é realista sobre os problemas de vida de uma pessoa.

Pedro disse...

Anónimo, todo o leitor é diferente e toda a leitura é uma experiência diferente para cada pessoa. Obviamente para ti este livro foi excelente, e fico muito feliz por isso. É um tema muito emotivo.

Perfeito? Na minha opinião, não.

Quem também lê