Este livro é uma sincera homenagem às mulheres que fizeram, e continuam a fazer de mim, o homem que hoje sou. A elas dedico estas humildes palavras. Algumas já não estão entre nós, mas como acredito na eternidade, sinto que me acompanham desde o primeiro dia em que as conheci. Estarão sempre no meu coração... Este livro é também uma singela homenagem à minha mulher e aos meus filhos. À minha mulher porque tem sido uma verdadeira fortaleza capaz de desvendar em mim coisas mágicas, de me fazer descobrir aspectos que eu jamais conheceria sem a sua presença; por ser a amiga, a amante, a mãe, o ser humano que todos os dias está ao meu lado para me guiar... Aos meus filhos, por me fazerem sentir capaz de gerar um milagre tão lindo e belo como é a Vida, a sua... O que duas pequenas vidas nos podem ensinar...
Confesso: a paciência para ler um livro deste género não era muita.
Cheguei a pegar nele, ler duas páginas e pô-lo de lado...
Mas tem mesmo a ver com as alturas. Peguei nele de novo quando me senti preparado, e acho que foi o melhor que fiz.
Até certo ponto... Impressionou-me.
As expectativas diziam-me que este livro seria demasiado lamechas. Demasiado apaixonado. Demasiadas palavras de amor. Demasiada poesia. Demasiado fantasioso. Demasiado aborrecido.
Pessoalmente, achei que teve a medida perfeita.
Como um autêntico escritor, Hugo Girão não deixa cair as suas palavras no aborrecimento, nem se alonga numa história até à repetição de ideias. E, no entanto, mantém o seu objectivo de transmitir esse sentimento de amor.
Eu sei que este livro não vai ser lido por muitos de vocês. Eu próprio ainda me mantenho algo céptico quanto à minha opinião... Porque a verdade é que este tema, o amor, a prosa poética, são coisas que alguns leitores acham exasperantes. É um livro para corações apaixonados, isso sim.
Mas posso dizer que este livro não é nada aborrecido. A história não é rica e é bastante previsível, a escrita é à primeira vista demasiado poética e apaixonada... Contudo, comecei a ler e senti-me agarrado pelas suas palavras, por esta confissão.
Todo o livro é uma confissão de um homem perdidamente apaixonado pela mulher, mas a quem a vida não tem sorrido: primeiro com a perda de um filho, depois com a depressão da mulher, e finalmente vê-se desgastado por um desastre enquanto a mulher espera pelo segundo filho.
Mas não posso deixar de dizer que me sinto feliz. Ler estas palavras é como um petisco: saboreamos e gostamos muito, e talvez em breve nos esqueçamos do que comemos/lemos, mas a sensação que fica, a lembrança de ler algo diferente e sem complexos no meio de tantas outras leituras, permanece.
Paciência e coração aberto, é o que o livro pede.
5 comentários:
Vi este livro na biblioteca e não me chamou a atenção. Mas talvez um dia o requisite. Gosto de livros agarram o leitor...
Nossa... só pela capa já vale a pena! Que belo trabalho de arte!
Bjs
Eu estou mais ou menos com um problema parecido ao teu...Ando a ler "Duas Irmãs, um Rei" e a atençao que lhe tenho prestado é quase nula!!
Apesar de gostar bastante de romaces Históricos e de ter lido exelentes opinioes sobre o mesmo, acho-o muito enfadonho, mas contudo nao consigo deixar uma leitura a meio...
Se calhar é o mesmo que es passou contigo nao? xD
Mas bem em relaçao ao livro, nao o li e, apesar de o titulo ser muito atractivo, depois de ler a sinopse e a tua opiniao, acho q neste momento nao vai ser uma prioridade, mas quem sabe... ;)
Beijinhos ^^
Boas leituras =)
Olá, quero saber aonde consigo seu e-mail, quero muito falar com você, parece que você é um leitor e tanto.
Preciso da sua ajuda.
Abrçs.
Jacqueline,
este parece ser MUITO lamechas, mas saí surpreendido ;)
Bia,
sim, a capa está muito gira ^^
Cris,
a princípio foi =P Algumas vezes simplesmente não estamos virados para aí... Apenas queremos descansar!
não é uma prioridade, acho que é mais um desanuvio!
Samira,
disponibilizo o meu e-mail no meu perfil ;)
Um grande abraço
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