Lembram-se do Diário de Anne Frank? Aquele livro que emocionou o mundo inteiro com o relato na primeira pessoa de uma rapariga judia que sofreu com o Holocausto, escondida dos nazis e descrevendo os problemas familiares e políticos daquele tempo.
Bem, agora já não é a única. Foi lançado um novo diário, desta vez de uma rapariga chamada Rutka e que morreu aos 14 anos em Auschwitz. Era uma judia polaca que, no seu diário, retrata o seu quotidiano e a vida no gueto para onde a família foi obrigada a morar. O diário esteve na posse de uma amiga que o escondeu por mais de 60 anos. Mais um testemunho tocante sobre a barbaridade nazi, contada por esta "Anne Frank polaca".
Bem, pelos vistos há historiadores a negar que alguma vez houve o Holocausto! Será que este livro é editado para lembrar as pessoas de que realmente existiu?
Ou será que a história de um diário durante a Segunda Guerra Mundial está a tornar-se um cliché e publicá-la é uma maneira de ganhar dinheiro? Veremos em breve uma centena de diários a serem publicados? A extraordinária história de Anne Frank passará a uma história no meio de tantas sobre o Holocausto, tornando-se assim um tema best-seller como "O Código Da Vinci"? Conclusão, será este livro uma maneira de ir buscar dinheiro?
Bem, acho que deu para perceber a minha opinião... Mas não deixarei de pegar no livro quando me cruzar com ele.
11 comentários:
Já li algumas opiniões acerca deste livro e parece que não é apenas mais um e que vale mesma a pena... Mas eu não li!
Gostaria ler este diário, ficará então registado na minha lista. Não vou comparar a Rutka com a Anne Frank, nem sequer vou achar se o diário da Rutka será melhor que o da Anne Frank. Diários são apenas diários, não devem ser considerados como livros de literatura, não devem ser comparados nem devem ser concorridos. A Rutka foi uma das muitas que tiveram o mesmo destino que o da Anne Frank e todas devem ser igualmente relembradas e reconhecidas, passar a ser imortais em livros! Acho bem essa publicação.
Não conhecia o livro até ver este post. Vou manter-me atenta quando for a uma livraria, pois o tema interessa-me.
Quanto ao teu dilema se será mais uma forma de ganhar dinheiro.. Provavelmente sim, tudo de uma maneira ou de outra gira à volta do dinheiro. Agora, se se devia deixar de publicar por causa dos ganhos financeiros? Não! Muito menos livros com estes temas, em que quanto mais houver, mais possibilidade têm de chegar a mais pessoas e reflectirem no tema, adiando o esquecimento.
Fiquei muito emocionada ao ler O Diário de Anne Frank. Achei uma leitura muito bonita e que nos toca. Tlavez este livro também seja assim. Parece-me, a mim, que nao é mais uma forma de ganhar dinheiro, mas sim, uma forma de tocar s pessoas que muitas vezes esquecem o que aconteceu e julgam como algo insignificante.
Espero lê-o em breve.
Pode ser uma forma cde ganhar dinheiro... mas também pode ser uma forma de, tal como disseste, não deixar esquecer que o Holocausto realmente aconteceu... um novo diário dá sempre uma outra perspectiva!!!!
Eu também não vou deixar de lhe pegar quando me cruzar com ele....
Fica bem e BJOka
Não li este livro mas acho que há mecanismos para avaliar a veracidade dos relatos de carácter pessoal, sob a forma de diário ou crónica. Há maneira de certifcar se foram ou não forjados. A mais óbvia será a do recurso aos originais.
Sobre o Holocausto tem-se publicado imenso e continuará a editar-se tendo em conta a abertura ao público de documentos «Classificados»
Proxima ida à FNAC vou ver esta obra.
Tal como a Canochinha já li críticas positivas a este livro, o que suscitou bastante curiosidade. Porém, não posso deixar de pensar como tu: as semelhanças com o livro 'Diário de Anne Frank' não são inocentes. Mas tal acontece com muitos outros livros. Adoro este tipo de histórias que, infelizmente fazem parte da nossa História, e espero ainda dar-lhe uma vista de olhos. Não posso julgá-lo sem ler...
Independentemente da razão que levou à sua publicação, é nossa obrigação nunca esquecer a nossa face mais negra... Valerá por isso.
Canochinha,
talvez o livro valha a pena, e gostaria de o ler, mas não consigo deixar de ver algum oportunismo no seu lançamento!
Flicka,
uma das muitas, é verdade, infelizmente. E é verdade que é sempre bom as pessoas se aperceberem do que aconteceu. Mas, se um dia o ler e registar a minha opinião, não poderei deixar de lado uma comparação a Anne Frank. Não discordo da publicação, simplesmente acho um bocado oportunista...
Livros em 2.ª Mão,
vi este livro pela primeira vez na revista americana "Time". Pouco tempo depois apareceu em Portugal e decidi postar uma notícia sobre ele.
Tudo gira à volta do dinheiro, eu pelo menos fui habituado a pensar dessa maneira... Mas não quero dizer que a publicação do livro foi incorrecta, simplesmente que, à primeira vista, parece-me que "vem a calhar"... Tal como disse, há sempre que lembrar às pessoas o que aconteceu nessa página terrível da história!
Gota de água,
Anne Frank também me tocou e li-o muito novo. Tenho a certeza que este livro também é tocante, mas continuo a achar que houve, da parte dos participantes da passagem do diário para livro, um pouco de oportunismo...
Sonjita,
sim, o que disseste são as perspectivas com que vejo o livro. Sem querer dizer mal do livro (que deve ser muito bom).
JPD,
bem, quanto ao documento forjado, não me embrenho por aí... Confesso que AINDA acredito na veracidade do diário de Rutka (e mesmo de Anne Frank, já agora). Esperemos que não entremos num mundo em que o Holocausto foi esquecido para... dar lugar a algo pior que isso (suscitações do Admirável Mundo Novo... xD)
Cristina,
não vou julgar o livro, mas sim julgar a publicação do livro. Talvez venha a ser um marco importante, mas como dizes as semelhanças saltam à vista...
Beta,
concordo contigo nessa aspecto =)
Nunca li este livro, mas vi o filme, e tocou-me muito. Não é o tipo de livro que se leia/veja de ânimo leve, não serve para qualquer altura... Tal como a Lista de schindler, a Vida é Bela...
Mas principalmente, tal como a beta diz - e muito bem, nunca devemos esquecer a face mais negra do homem.
Anaaaatchim,
é verdade, são livros que puxam um bocado, não que sejam violentos, mas sim pela época em que ocorreram.
Os filmes que falas... Sã todos fantásticos, ainda bem que te lembraste de os referir (A Lista de Schindler atacou-me, A Vida é Bela pôe-me lágrimas nos olhos...)
Um grande abraço
Enviar um comentário